quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sobre uma cidade com verdadeira mobilidade: Amsterdã!

Amsterdã surpreende em muitas coisas. O que ñ dá pra deixar de comentar é a questão da mobilidade. É uma cidade relativamente pequena, se pensarmos em termos de capitais e, ao mesmo tempo, extremamente avançada no que se refere ao deslocamento. Trata-se de um lugar onde é completamente dispensável ter um carro! Você chega de modo rápido e seguro em qualquer parte da cidade ou do país. Eles têm um sistema de trens impecáveis que cobre toda a Holanda e, para andar na cidade, existe nossa velha amiga bicicleta ou o mais moderno “tram”.

A bicicleta toma conta de Amsterdã onde quer que você vá (Holanda, 2013)

Faça frio ou faça calor, as pessoas usam a bicicleta para se locomover. De calça, de saia, de vestido, de tênis, de salto. Há ciclovias por todos os lados! E encontrei o maior estacionamento de bicicletas que já havia visto!

Próximo à estação central há um estacionamento gigante de bikes (Amsterdã, 2013)

Ter filhos/as pequenos/as também ñ é impedimento ou desculpa para ñ usar uma bicicleta. Vi várias que tinham compartimentos especiais para carregar as crianças!

Ninguém fica de fora: até crianças podem ser transportadas de modo seguro numa bicicleta (Amsterdã, 2013)

Para quem ñ tem uma “magrela” ou ñ tem condições de conduzir uma, a cidade é atendida por uma espécie de metrô de superfície que se chama “tram”. Por até duas horas, você pode pegar pegar quantos “trams” quiser, pagando apenas uma tarifa. Ele passa pelo meio das principais ruas, mesmo as mais movimentadas por pedestres, e nada acontece! Há algum tipo organização implícita (pelo menos para mim, apenas uma visitante) que garante a segurança das pessoas que por ali circulam.  

Um "tram" cruzando a capital holandesa (Amsterdã, 2013)

O fato é que andar em Amsterdã é um sempre um prazer, seja à pé, de bike ou de "tram". Vale a pena experimentar os três. Sem falar nos barcos que circulam nos canais durante o verão. Enjoy it! 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

As diferentes estações de Amsterdã!

Depois de voltar à Amsterdã, agora no auge do verão, posso afirmar sem sombra de dúvida que existem duas Europas totalmente distintas: uma no inverno e outra no verão. Os países mudam por completo! De modo algum, vivemos isso no Brasil, seja qual região for. Estamos acostumados a apenas colocar mais roupas ou menos e pronto! Na Europa, e mais especialmente, em Amsterdã, vi que a cidade se transforma, assim como os hábitos, as atividades e a cultura local. Assim que cheguei na capital holandesa e fui dar minha primeira volta nas redondezas, essa metamorfose já me saltou aos meus olhos.

Em 1997 quando fui, pela primeira vez, à Amsterdã, cheguei num inverno intenso para a média europeia. Peguei neve em Paris, algo não tão frequente assim. O fato é que os famosos canais que definem Amsterdã estavam todos congelados! E para minha surpresa, descobri que lá as famílias costumam ter patins, os adultos, as crianças e todos saem para patinar nos canais congelados nos fins de semana.

Inverno em Amsterdã com os canais congelados
(Fonte: http://static.animalpolitico.com)

Agora no verão de 2013, os bares e restaurantes colocam mesas na beira dos canais e o lazer de verão é passear de barcos, canoas, lanchas onde as pessoas fazem uma espécie de piquenique fluvial: comidinhas, sanduíches, cerveja e vinho para quem uma diversão a mais!
Verão em Amsterdã (Holanda, 2013)

As famílias holandesas têm seus meios próprios ou providenciam pequenas embarcações  criando um clima mais intimista e interessante. Já os visitantes acabam indo, na sua grande maioria, em barcos bem maiores, virando um verdadeiro citytour by boat!

Um dos principais pontos para forasteiros/as fazerem esse passeio: Stadhouderskade (Holanda, Amsterdã, 2013)

Outra coisa que muito bem frequentada no verão de Amsterdã são os imensos parques à disposição de todo mundo. As pessoas passam tardes inteiras deitadas, tomando sol, fazendo piquenique e, sobretudo, aproveitando o calor que dura pouco nessas bandas...

Parque nas proximidades dos museus em Amsterdã (Holanda, 2013)

Me peguei pensando em como, infelizmente, estamos longe disso no Brasil... Hoje, nas grandes capitais brasileiras, na verdade não vivemos a cidade e muito menos exercemos o direito à cidade. Apenas sobrevivemos como podemos, cada um à seu modo. A circulação urbana é precária seja para quem usa ônibus ou carro, sem contar a insegurança pública que nos assola e nos impede de andar à pé mesmo nos menores trajetos. Por isso, depois de morar um ano na Europa, tenho pensado, cada vez mais, em apostar em cidades menores exatamente para fugir do caos das metrópoles brasileiras onde tudo pode acontecer.

Semana que vem tem um pouco mais sobre as delícias de Amsterdã!