quarta-feira, 26 de março de 2014

Inglaterra e seus clássicos: The Beatles e Sherlock Holmes

Minha saga pela Europa ainda não acabou e, considerando que eu amo a Europa, provavelmente não acabará tão cedo. Como contei no post anterior, retornei à Inglaterra depois de 20 anos; voltei ao país que me ensinou inglês quando eu ainda era uma menina.

Parecia que eu estava, por mais contraditório que pareça, voltando às minhas raízes. Para comprovar minha teoria, claro que eu não poderia deixar de registrar o fato de, inusitadamente, ter encontrado meu sobrenome num cardápio em Londres! Detalhe: Rosato é de origem italiana, ainda que muita gente pense ser japonesa pelos meus olhos puxados. A história é que eu nunca havia visto meu sobrenome assim literalmente "de bandeja"! Para bons lacanianos, meio "nome-do-pai" basta!

Cardápio que constava meu nome sobrenome na carta de vinhos (Natural History Museum, Londres, 2013)

Aproveito para comentar que fui nesse museu para ver a mais recente exposição do nosso querido Sebastião Salgado: Gênesis. Infelizmente não pude tirar nenhuma foto... Justo porque as imagens são realmente únicas. Um breve matéria em inglês com algumas poucas imagens está aqui: http://www.bbc.com/news/in-pictures-22080740 

Saí do museu atrás daquele café vespertino e me deparei com mais uma das inúmeras Le Pain Quotidien e decidi fazer um stop ali. OMG!!!! A torta de frutas vermelhas é imbatível, todas as "berrys" possíveis: blueberry, strawberry, rasberry... Afff... Comi ajoelhada, como dizem por aqui!!!

Le Pain Quotidien que fica próximo ao Museu de História Natural (Londres, 2013)

Também passei pela clássica Abbey Road, pois nunca havia ido e, sinceramente, esperava ver algo dos Beatles por ali. Mas para minha frustração não há nada, somente a placa da rua como qualquer outra e a presença inusitada de várias pessoas simulando a foto clássica do mais famoso quarteto inglês...

 A foto clássica que todos querem tirar na Abbey Road Street (Londres, 2013)

Os ingleses não entenderam que eles poderiam transformar esse local em algo incrível, ao invés de ser apenas uma simples placa de rua como qualquer outra? (Londres, 2013)

Bom, se não fizeram nada relacionado com os Beatles na Abbey Road, fizeram com o Sherlock Holmes. Trata-se do personagem fictício da literatura inglesa que ganhou um museu só seu na não menos famosa Baker Street. A fila para entrar na suposta casa dele estava gigantesca, afinal de contas, verão londrino... Como também já era fim de tarde, simplesmente não encarei a pedida. Mas tirei algumas fotos básicas...

Fachada do museu do Sherlock Holmes (Londres, 2013)

Nos arredores, há uns cartazes pitorescos, descrevendo os supostos hábitos de Holmes (Londres, 2013)

Também não deixaria de mostrar um guarda tipicamente inglês: o chapéu praticamente tampa os olhos deles... Deve ser para não enxergar nada e se distrair... (Windsor Castle, Londres, 2013)

Pra finalizar, saí mega feliz de Londres porque atendi um antigo desejo: comer no http://www.fifteen.net/ do Jamie Oliver. Sonho total! E bastante acessível: para almoçar, tem um menu do dia em que você escolhe uma entrada, um prato principal e uma sobremesa por 24 libras. Tenha em mente que isso é bastante razoável para a média londrina. Ah, na Inglaterra nem pense em converter nada para reais, você vai enlouquecer e querer ir embora no mesmo instante! Vá por mim!

Fifteen do Jamie Oliver (Londres, 2013)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Voltando para a Inglaterra depois de 20 anos...

Ir para a Inglaterra, desta vez, foi literalmente entrar no túnel do tempo. Minhas lembranças eram de quando eu tinha apenas 12 anos e fui pela primeira vez acompanhar minha mãe numa viagem a trabalho. Viagem esta que, para mim, durou 6 longos meses e foi onde morei, fui à escola e aprendi o pouco que ainda sei da língua inglesa. Quando penso nisso, parece que foi em outra vida.

Bom, o fato é que, desde 1988, eu ñ havia voltado para lá. Nas vezes seguintes que fui à Europa - mochilando com uma amiga em 1997 e morando na Espanha em 2010-2011 - ñ consegui retornar à Inglaterra. E ñ é à toa que volto agora, em 2013, justamente com minha mãe, com quem fui pela primeira vez. Como ela conhece Londres bem mais que eu, deixei o roteiro em suas mãos. Eu tinha apenas um desejo específico em Londres, no mais, passear e aproveitar o curto verão inglês.

Primeiro dia em Londres: céu limpo e calor. 

Proposta: caminhar sem destino em Westminster. 
Primeira parada: Big Ben, o próprio, todo imponente. Sem planejar, estávamos lá em pleno meio-dia ouvindo suas badaladas (Londres, 2013).

A conhecida roda-gigante "The eye": nunca fui, ñ vou e nem que me paguem. Altura ñ é comigo. Vai ficar só na foto mesmo. O barco até iria, mas nesta lotação nem pensar. Fica para alguma primavera que eu esteja na área novamente (Londres, 2013).

Lunch time: quase ninguém almoça nos restaurantes. O povo compra comidinhas nas conveniências e supermercados para comer nos parques. Fizemos o mesmo. Sem dúvida, foi a refeição mais barata que tivemos por lá. Salada, sanduíche e suco. #bomebarato (Londres, 2013).

Somerset House: um palácio londrino. Pesquisando agora, acabei de descobrir que é onde está instalada a Casa Brasil, nosso QG para as Olimpíadas de 2016 (Londres, 2013).

Somerset House: quem mais se diverte são as crianças que se jogam nas águas dos chafarizes (Londres, 2013).

Somerset House: mas claro que os adultos também ñ deixam por menos; conseguindo uma mesinha, dá pra fazer um happy hour delicioso (Londres, 2013).

E pra encerrar a super caminhada do primeiro dia, ainda encontramos, sem querer, a "Liberdade" londrina, ou seja, o gigante bairro oriental. Onde está Wally? Minha mãe está camuflada no meio do povo de olhinhos puxados (Londres, 2013).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Quer morar na Europa? Aqui tem algumas dicas básicas!

A Mochila da Japa tem a honra de contar hoje com o relato de um grande amigo que atualmente está morando na Alemanha, na cidade de Mannheim. Ele topou contar um pouco sobre sua vida lá! Obrigada Jú! Espero sua contribuição mais vezes!

"Meu nome é Juliano, sou amigo da Cássia e nos conhecemos durante nossa estada na Espanha, especificamente em Granada. Como eu agora estou morando na Alemanha, Cássia Maria me convidou para escrever um post no seu blog: Na mochila da japa.

Vou relatar um pouco sobre a minha experiência com a língua alemã. Quando morei na Espanha, entendia e me fazia entender em espanhol, e quando a coisa ficava difícil, recorria facilmente ao bom e básico “portunhol”. Ao contrário da minha atual situação, eu não falo uma palavra em alemão sequer. Sempre reparava nos chineses que viviam na Espanha e que trabalhavam e viviam sem dizer uma palavra em espanhol, achava essa situação bastante corajosa e difícil, no fim das contas, hoje me enxergo exatamente assim!

Não fiz curso de alemão antes vir morar aqui, por vários motivos, principalmente pelo tempo e por não ter sido um requisito para a minha vinda, já que oficialmente a língua no trabalho seria o inglês. Então, mais que rápido, não me preocupei em aprender o alemão, já que não teria tempo e o pouco que aprenderia não seria suficiente para falar, além disso, todos diziam para mim que todos aqui na Alemanha falam inglês.

Assim que cheguei aqui na Alemanha, percebi que as coisas não seriam tão simples assim... Para começar com coisas muito simples, não compreendo sequer um cardápio de restaurante; no supermercado não consigo entender o que tem ou de que é feito aquele produto.

Cardápio de um restaurante japonês na Alemanha (Mannheim, 2013)

No dia a dia, algumas coisas burocráticas sempre têm que ser resolvida, e nessas instituições, nem todos os trabalhadores falam inglês, como, por exemplo, aqui é necessário se registrar na oficia de imigração. Imagina ter que explicar e entender os procedimentos e documentos necessários, se você não fala e nem entende a língua local?

Sugestão de um prato num restaurante alemão (Mannheim, 2013)

Engraçado que todos os dias presto atenção nas pessoas conversando e não entendo nem uma palavra, passo pelas vitrines, outdoors e propagandas não entendo nada, muitas vezes me vejo como um analfabeto, a única diferença é que consigo ler, porém não compreendo.

Anúncio de uma agência de turismo alemã (Mannheim, 2013)

Em setembro inicio um curso de alemão, curso esse iniciante que tenho consciência de que obviamente não será suficiente para que eu saia por aí falando e entendendo o alemão, mas temos que começar de algum lugar! Desejem-me sorte e se eu pudesse dar uma dica para as pessoas que pretendem morar em outro país, aprendam a língua antes de vir."

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Arte em toda parte": em Amsterdã isso é literal!

Pra fechar as belezas de Amsterdã, ainda preciso falar um pouco de duas "coisinhas" dessa cidade espetáculo! A primeira delas é sobre algo está literalmente nas ruas e calçadas para qualquer pessoa que esteja passando... 


Uma amarelinha em plena calçada (Amsterdã, 2013)

Sim, a cidade oferece um lado lúdico que pode ir desde algo mais elementar como uma "amarelinha" até jogos mais elaborados como...

... um xadrez GG muito bacana onde pessoas podem ser as peças do tabuleiro!
(Amsterdã, 2013)

Dá pra afirmar tranquilamente que a capital da Holanda é um museu ao ar livre! Andando à esmo, sem rumo, você esbarra em cenários e locais inimagináveis. 

Literalmente se trata de "arte em toda parte" (Amsterdã, 2013)

Isso sem falar nos museus tradicionais, que é a segunda "coisinha" que eu não poderia deixar de comentar, em se tratando de Amsterdã. Além da arte exposta publicamente aos quatro cantos da cidade, ainda existem, pelo menos, dois museus espetaculares que não podem deixar de ser visitados!

Um deles é o conhecidíssimo Museu Van Gogh que reúne a maior coleção dele no mundo. Vários quadros de diferentes momentos de sua vida, o seu desenvolvimento artístico até a chegar àquele traço bem característico, sua condição de sofrimento, enfim, algo que só dá pra conhecer em Amsterdã.


O último quadro concluído de Van Gogh antes dele se suicidar. O céu bastante carregado chama a atenção nessa obra (Amsterdã, 2013)

Descobri que Van Gogh se interessou pela cultura oriental! Essa foto não ficou das melhores, mas foi a menos pior da minha produção... (Amsterdã, 2013)

Essa aí sou eu num grande painel que reproduz uma obra dele (Amsterdã, 2013)

E pra finalizar, compareça ao Rijksmuseum. Também não sei como se pronuncia, mas é isso aí mesmo! Ele está nesse local desde 1885!

Dentre muitos clássicos, tem uma coleção asiática incrível, fiquei um tempão admirando coisas que não costumamos ver nas Américas... Esse é um quimono mais moderno, ñ lembro se para mulheres casadas ou divorciadas. Sim, existe essa diferença! Ñ sei se perdura... Espero sinceramente que não... 

Uma deusa hindu (?) que eu esqueci de anotar o nome... Lindíssima! (Amsterdã, 2013)

Bom, isso é apenas uma pequena parcela do que essa capital oferece, em termos de arte, história, cidadania, mobilidade, planejamento urbano, entre tantas outras coisas... 

Ah, dica importantíssima, ainda mais no verão europeu: sempre compre seus ingressos antes pela internet para poupar filas homéricas, vale muito a pena!! Olha os links:


Agora me diz, desse jeito, dá pra reclamar de alguma coisa??!!