segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Voltando para a Inglaterra depois de 20 anos...

Ir para a Inglaterra, desta vez, foi literalmente entrar no túnel do tempo. Minhas lembranças eram de quando eu tinha apenas 12 anos e fui pela primeira vez acompanhar minha mãe numa viagem a trabalho. Viagem esta que, para mim, durou 6 longos meses e foi onde morei, fui à escola e aprendi o pouco que ainda sei da língua inglesa. Quando penso nisso, parece que foi em outra vida.

Bom, o fato é que, desde 1988, eu ñ havia voltado para lá. Nas vezes seguintes que fui à Europa - mochilando com uma amiga em 1997 e morando na Espanha em 2010-2011 - ñ consegui retornar à Inglaterra. E ñ é à toa que volto agora, em 2013, justamente com minha mãe, com quem fui pela primeira vez. Como ela conhece Londres bem mais que eu, deixei o roteiro em suas mãos. Eu tinha apenas um desejo específico em Londres, no mais, passear e aproveitar o curto verão inglês.

Primeiro dia em Londres: céu limpo e calor. 

Proposta: caminhar sem destino em Westminster. 
Primeira parada: Big Ben, o próprio, todo imponente. Sem planejar, estávamos lá em pleno meio-dia ouvindo suas badaladas (Londres, 2013).

A conhecida roda-gigante "The eye": nunca fui, ñ vou e nem que me paguem. Altura ñ é comigo. Vai ficar só na foto mesmo. O barco até iria, mas nesta lotação nem pensar. Fica para alguma primavera que eu esteja na área novamente (Londres, 2013).

Lunch time: quase ninguém almoça nos restaurantes. O povo compra comidinhas nas conveniências e supermercados para comer nos parques. Fizemos o mesmo. Sem dúvida, foi a refeição mais barata que tivemos por lá. Salada, sanduíche e suco. #bomebarato (Londres, 2013).

Somerset House: um palácio londrino. Pesquisando agora, acabei de descobrir que é onde está instalada a Casa Brasil, nosso QG para as Olimpíadas de 2016 (Londres, 2013).

Somerset House: quem mais se diverte são as crianças que se jogam nas águas dos chafarizes (Londres, 2013).

Somerset House: mas claro que os adultos também ñ deixam por menos; conseguindo uma mesinha, dá pra fazer um happy hour delicioso (Londres, 2013).

E pra encerrar a super caminhada do primeiro dia, ainda encontramos, sem querer, a "Liberdade" londrina, ou seja, o gigante bairro oriental. Onde está Wally? Minha mãe está camuflada no meio do povo de olhinhos puxados (Londres, 2013).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Quer morar na Europa? Aqui tem algumas dicas básicas!

A Mochila da Japa tem a honra de contar hoje com o relato de um grande amigo que atualmente está morando na Alemanha, na cidade de Mannheim. Ele topou contar um pouco sobre sua vida lá! Obrigada Jú! Espero sua contribuição mais vezes!

"Meu nome é Juliano, sou amigo da Cássia e nos conhecemos durante nossa estada na Espanha, especificamente em Granada. Como eu agora estou morando na Alemanha, Cássia Maria me convidou para escrever um post no seu blog: Na mochila da japa.

Vou relatar um pouco sobre a minha experiência com a língua alemã. Quando morei na Espanha, entendia e me fazia entender em espanhol, e quando a coisa ficava difícil, recorria facilmente ao bom e básico “portunhol”. Ao contrário da minha atual situação, eu não falo uma palavra em alemão sequer. Sempre reparava nos chineses que viviam na Espanha e que trabalhavam e viviam sem dizer uma palavra em espanhol, achava essa situação bastante corajosa e difícil, no fim das contas, hoje me enxergo exatamente assim!

Não fiz curso de alemão antes vir morar aqui, por vários motivos, principalmente pelo tempo e por não ter sido um requisito para a minha vinda, já que oficialmente a língua no trabalho seria o inglês. Então, mais que rápido, não me preocupei em aprender o alemão, já que não teria tempo e o pouco que aprenderia não seria suficiente para falar, além disso, todos diziam para mim que todos aqui na Alemanha falam inglês.

Assim que cheguei aqui na Alemanha, percebi que as coisas não seriam tão simples assim... Para começar com coisas muito simples, não compreendo sequer um cardápio de restaurante; no supermercado não consigo entender o que tem ou de que é feito aquele produto.

Cardápio de um restaurante japonês na Alemanha (Mannheim, 2013)

No dia a dia, algumas coisas burocráticas sempre têm que ser resolvida, e nessas instituições, nem todos os trabalhadores falam inglês, como, por exemplo, aqui é necessário se registrar na oficia de imigração. Imagina ter que explicar e entender os procedimentos e documentos necessários, se você não fala e nem entende a língua local?

Sugestão de um prato num restaurante alemão (Mannheim, 2013)

Engraçado que todos os dias presto atenção nas pessoas conversando e não entendo nem uma palavra, passo pelas vitrines, outdoors e propagandas não entendo nada, muitas vezes me vejo como um analfabeto, a única diferença é que consigo ler, porém não compreendo.

Anúncio de uma agência de turismo alemã (Mannheim, 2013)

Em setembro inicio um curso de alemão, curso esse iniciante que tenho consciência de que obviamente não será suficiente para que eu saia por aí falando e entendendo o alemão, mas temos que começar de algum lugar! Desejem-me sorte e se eu pudesse dar uma dica para as pessoas que pretendem morar em outro país, aprendam a língua antes de vir."

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Arte em toda parte": em Amsterdã isso é literal!

Pra fechar as belezas de Amsterdã, ainda preciso falar um pouco de duas "coisinhas" dessa cidade espetáculo! A primeira delas é sobre algo está literalmente nas ruas e calçadas para qualquer pessoa que esteja passando... 


Uma amarelinha em plena calçada (Amsterdã, 2013)

Sim, a cidade oferece um lado lúdico que pode ir desde algo mais elementar como uma "amarelinha" até jogos mais elaborados como...

... um xadrez GG muito bacana onde pessoas podem ser as peças do tabuleiro!
(Amsterdã, 2013)

Dá pra afirmar tranquilamente que a capital da Holanda é um museu ao ar livre! Andando à esmo, sem rumo, você esbarra em cenários e locais inimagináveis. 

Literalmente se trata de "arte em toda parte" (Amsterdã, 2013)

Isso sem falar nos museus tradicionais, que é a segunda "coisinha" que eu não poderia deixar de comentar, em se tratando de Amsterdã. Além da arte exposta publicamente aos quatro cantos da cidade, ainda existem, pelo menos, dois museus espetaculares que não podem deixar de ser visitados!

Um deles é o conhecidíssimo Museu Van Gogh que reúne a maior coleção dele no mundo. Vários quadros de diferentes momentos de sua vida, o seu desenvolvimento artístico até a chegar àquele traço bem característico, sua condição de sofrimento, enfim, algo que só dá pra conhecer em Amsterdã.


O último quadro concluído de Van Gogh antes dele se suicidar. O céu bastante carregado chama a atenção nessa obra (Amsterdã, 2013)

Descobri que Van Gogh se interessou pela cultura oriental! Essa foto não ficou das melhores, mas foi a menos pior da minha produção... (Amsterdã, 2013)

Essa aí sou eu num grande painel que reproduz uma obra dele (Amsterdã, 2013)

E pra finalizar, compareça ao Rijksmuseum. Também não sei como se pronuncia, mas é isso aí mesmo! Ele está nesse local desde 1885!

Dentre muitos clássicos, tem uma coleção asiática incrível, fiquei um tempão admirando coisas que não costumamos ver nas Américas... Esse é um quimono mais moderno, ñ lembro se para mulheres casadas ou divorciadas. Sim, existe essa diferença! Ñ sei se perdura... Espero sinceramente que não... 

Uma deusa hindu (?) que eu esqueci de anotar o nome... Lindíssima! (Amsterdã, 2013)

Bom, isso é apenas uma pequena parcela do que essa capital oferece, em termos de arte, história, cidadania, mobilidade, planejamento urbano, entre tantas outras coisas... 

Ah, dica importantíssima, ainda mais no verão europeu: sempre compre seus ingressos antes pela internet para poupar filas homéricas, vale muito a pena!! Olha os links:


Agora me diz, desse jeito, dá pra reclamar de alguma coisa??!!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sobre uma cidade com verdadeira mobilidade: Amsterdã!

Amsterdã surpreende em muitas coisas. O que ñ dá pra deixar de comentar é a questão da mobilidade. É uma cidade relativamente pequena, se pensarmos em termos de capitais e, ao mesmo tempo, extremamente avançada no que se refere ao deslocamento. Trata-se de um lugar onde é completamente dispensável ter um carro! Você chega de modo rápido e seguro em qualquer parte da cidade ou do país. Eles têm um sistema de trens impecáveis que cobre toda a Holanda e, para andar na cidade, existe nossa velha amiga bicicleta ou o mais moderno “tram”.

A bicicleta toma conta de Amsterdã onde quer que você vá (Holanda, 2013)

Faça frio ou faça calor, as pessoas usam a bicicleta para se locomover. De calça, de saia, de vestido, de tênis, de salto. Há ciclovias por todos os lados! E encontrei o maior estacionamento de bicicletas que já havia visto!

Próximo à estação central há um estacionamento gigante de bikes (Amsterdã, 2013)

Ter filhos/as pequenos/as também ñ é impedimento ou desculpa para ñ usar uma bicicleta. Vi várias que tinham compartimentos especiais para carregar as crianças!

Ninguém fica de fora: até crianças podem ser transportadas de modo seguro numa bicicleta (Amsterdã, 2013)

Para quem ñ tem uma “magrela” ou ñ tem condições de conduzir uma, a cidade é atendida por uma espécie de metrô de superfície que se chama “tram”. Por até duas horas, você pode pegar pegar quantos “trams” quiser, pagando apenas uma tarifa. Ele passa pelo meio das principais ruas, mesmo as mais movimentadas por pedestres, e nada acontece! Há algum tipo organização implícita (pelo menos para mim, apenas uma visitante) que garante a segurança das pessoas que por ali circulam.  

Um "tram" cruzando a capital holandesa (Amsterdã, 2013)

O fato é que andar em Amsterdã é um sempre um prazer, seja à pé, de bike ou de "tram". Vale a pena experimentar os três. Sem falar nos barcos que circulam nos canais durante o verão. Enjoy it! 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

As diferentes estações de Amsterdã!

Depois de voltar à Amsterdã, agora no auge do verão, posso afirmar sem sombra de dúvida que existem duas Europas totalmente distintas: uma no inverno e outra no verão. Os países mudam por completo! De modo algum, vivemos isso no Brasil, seja qual região for. Estamos acostumados a apenas colocar mais roupas ou menos e pronto! Na Europa, e mais especialmente, em Amsterdã, vi que a cidade se transforma, assim como os hábitos, as atividades e a cultura local. Assim que cheguei na capital holandesa e fui dar minha primeira volta nas redondezas, essa metamorfose já me saltou aos meus olhos.

Em 1997 quando fui, pela primeira vez, à Amsterdã, cheguei num inverno intenso para a média europeia. Peguei neve em Paris, algo não tão frequente assim. O fato é que os famosos canais que definem Amsterdã estavam todos congelados! E para minha surpresa, descobri que lá as famílias costumam ter patins, os adultos, as crianças e todos saem para patinar nos canais congelados nos fins de semana.

Inverno em Amsterdã com os canais congelados
(Fonte: http://static.animalpolitico.com)

Agora no verão de 2013, os bares e restaurantes colocam mesas na beira dos canais e o lazer de verão é passear de barcos, canoas, lanchas onde as pessoas fazem uma espécie de piquenique fluvial: comidinhas, sanduíches, cerveja e vinho para quem uma diversão a mais!
Verão em Amsterdã (Holanda, 2013)

As famílias holandesas têm seus meios próprios ou providenciam pequenas embarcações  criando um clima mais intimista e interessante. Já os visitantes acabam indo, na sua grande maioria, em barcos bem maiores, virando um verdadeiro citytour by boat!

Um dos principais pontos para forasteiros/as fazerem esse passeio: Stadhouderskade (Holanda, Amsterdã, 2013)

Outra coisa que muito bem frequentada no verão de Amsterdã são os imensos parques à disposição de todo mundo. As pessoas passam tardes inteiras deitadas, tomando sol, fazendo piquenique e, sobretudo, aproveitando o calor que dura pouco nessas bandas...

Parque nas proximidades dos museus em Amsterdã (Holanda, 2013)

Me peguei pensando em como, infelizmente, estamos longe disso no Brasil... Hoje, nas grandes capitais brasileiras, na verdade não vivemos a cidade e muito menos exercemos o direito à cidade. Apenas sobrevivemos como podemos, cada um à seu modo. A circulação urbana é precária seja para quem usa ônibus ou carro, sem contar a insegurança pública que nos assola e nos impede de andar à pé mesmo nos menores trajetos. Por isso, depois de morar um ano na Europa, tenho pensado, cada vez mais, em apostar em cidades menores exatamente para fugir do caos das metrópoles brasileiras onde tudo pode acontecer.

Semana que vem tem um pouco mais sobre as delícias de Amsterdã!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mochilando na Europa: temporada de verão 2013!

Já cruzei o Atlântico algumas vezes, mas sempre me dá um friozinho na barriga como se nunca tivesse ido. É uma eterna primeira vez. No entanto, assim que chego no Velho Continente, essa sensação passa e dá lugar à curiosidade, ao novo e ao que está por vir. Delícia total! Também acho que essa vinda tem um quê de especial, pela nostalgia de voltar à uma cidade onde morei por um ano e que foi um grande divisor de águas para mim.


Chegando novamente na Europa depois de quase 2 anos (Espanha, 2013)

Pena que viajar nem sempre é motivo de aventura deliciosa para todo mundo... Com frequência, vejo pessoas aflitas, ansiosas, preocupadas com o desconhecido. E uma das coisas que mais me chama a atenção é me deparar com inúmeros/as “viajantes” que, em terras estranhas, não saem de sua zona de conforto. Mantém os mesmos hábitos e costumes como se estivessem em sua casa. São os indivíduos que não se arriscam, que buscam o familiar que dispensa qualquer tipo de aventura. São as pessoas comem todos os dias em conhecidíssimas redes de fast food, ao invés de se iniciarem na culinária local. Posso afirmar que não se trata de uma questão financeira. Sempre existem opções locais equivalentes do ponto de vista econômico. Só consigo concluir: que desperdício! 

E vi isso assim que cheguei no aeroporto de Lisboa. Decidi chegar na Europa via Portugal para ganhar tempo e infelizmente ñ ficarei aqui dessa vez... Nas poucas horas que fiquei em terras lusitanas, notei que a comida portuguesa nunca será conhecida por muitas pessoas que viajam sem sair do seu próprio mundo. É a manutenção da mesmice: comer o de sempre e se satisfazer com isso!

Enquanto me dava conta do quanto isso é muito mais comum do que pensava, decidi comer o tradicionalíssimo pastel de nata ou de belém. Divino, espetacular e tipicamente português. Quem for para Lisboa, precisa conhecer o original: http://www.pasteisdebelem.pt. É imbatível! Como ñ posso me dar esse luxo dessa vez, me contento tranquilamente com algum "genérico" vendido nas lojinhas portuguesas do aeroporto.

Simplesmente irresistível: o pastel de nata ou de belém português 
(http://candycottonclothing.blogspot.com)

Semana que vem, é a hora de mostrar um pouquinho de Amsterdã! Me encantou quando fui pela primeira vez em 1997 num inverno que congelou todos os canais. Dessa vez, em pleno verão, a história é completamente outra!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O retorno da Mochila: a volta dos que ñ foram!!!

Depois de quase um ano inativo, a Mochila finalmente ressurge das cinzas!! Foi o tempo necessário de gestação e maturação para novas andanças!! É a preparação para mais uma temporada da Mochila da Japa!!

Estou fechando os últimos detalhes de uma viagem que irei fazer nas próximas semanas. Pensando agora enquanto escrevo, me dei conta que essa viagem inclui a busca literal e simbólica da Mochila da Japa que ficou na Espanha!!


A Mochila da Japa: o resgate final!!

Esse blog começou a partir de uma temporada que vivi na Espanha em 2010. Comprei a singela mochila acima e dei início às minhas peripécias europeias por um ano. O resumo dessa ópera está no blog, mas claro que várias outras viagens ainda podem ser contadas, basta um pouco mais de tempo! O fato é que voltei para o Brasil, achando que retornaria à Espanha para fechar a gestalt, no entanto, ñ voltei (por enquanto!). Por isso, deixei lá várias roupas de frio porque obviamente ñ teria onde usar isso no Brasil, ainda mais morando no nordeste, e também deixei a Mochila da Japa... Conclusão: estou indo agora resgatá-la depois desse abandono total...

E assim a Mochila renasce com direito à um roteiro que privilegia capitais espetaculares e inesquecíveis: Barcelona, Amsterdã e Londres. Para quem estiver pensando ou tem dúvidas, digo logo, Barcelona é capital sim, ñ da Espanha e mas da Catalunha. Rá!

Logo mais retorno com novidades fresquinhas da Velho Mundo!